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sábado, 18 de setembro de 2010

A era do personalizável

Vivemos na era do personalizável: a tecnologia nos permite adequar enorme variedade de produtos e serviços às necessidades e desejos individuais. Na maioria dos casos, isso representa conforto, segurança, e satisfação, mas será que é recomendável que TUDO seja personalizável?



Que tal um carro javali... Há empresas especializadas em personalizar carros...desde que esteja disposto a desembolsar um bom dinheiro nisto. Nos EUA esse é um mercado bem promissor, mas tem aqui no Brasil também.


O primeiro automóvel produzido em escala industrial foi o Ford T lançado em 1909. A célebre frase de seu criador (Taylor) que ficou na história era de que "você pode escolher qualquer cor desde que seja preto". A flexibilidade de produção na época era zero.

Que tal uma roupa personalizada aplicada com spray sobre o seu corpo de forma a se obter um tecido lavável, sem costuras e perfeitamente moldada a você? Pois é, essa é uma nova invenção. Você pode ler a reportagem na íntegra na Folha de São Paulo ou ver o vídeo abaixo:



Na eletrônica a liberdade de personalização é total. Que tal um jogo virtual num mundo virtual onde você possa ser o que quiser e criar seu avatar como quiser? Você pode mudar tudo quantas vezes estiver com vontade!


Poderia ficar semanas dando exemplos de como a vida moderna se tornou flexível. Já disse no começo que a maioria destes avanços são interessantes e muitos deles trazem benefícios sociais: quando se fala de acessibilidade de deficientes, é a tecnologia flexível que possibilita sua inclusão social.

Entretanto, não posso deixar de alertar quanto a dois problemas que se disseminam silenciosamente em nossa geração ultra-flexível e personalizável:
A VERDADE PERSONALIZÁVEL - Se cada pessoa tem sua "verdadezinha particular" ninguém precisa se auto examinar para ver se o estilo de vida que escolheu é uma mentira auto condicionada ou se reflete a realidade por trás dos fatos. Pode ser cômodo, mas ainda assim é uma mentira!
A MORAL PERSONALIZÁVEL - Você acha que uma pessoa ou a sociedade podem determinar como bem acharem o que é moral e imoral? Não haverá tendência a valorizar o que é conveniente e descartar o que traz desconforto? Pois é o que está ocorrendo em nossos dias. Em nome do "ser feliz" justifica-se muita coisa que há décadas atrás era absolutamente imoral. Ser feliz é critério de decidir o que é certo? Não necessariamente. "Ser feliz" pode prejudicar a mim mesmo, ao meu semelhante, ao meio ambiente, etc...
Parece contradição falar que felicidade prejudica a si mesmo? Não estou falando de felicidade genuína: coloquei entre aspas, porque aquilo que nós muitas vezes achamos que é fonte de felicidade acaba nos fazendo mal.

Encerro com uma citação escrita quase 2000 anos atrás:
"Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. 4Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade para dar atenção às lendas. 5Mas você, seja moderado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um pregador do evangelho e cumpra bem o seu dever de servo de Deus" (Palavras do apóstolo Paulo para Timóteo em sua 2a. carta)

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