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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Por que "Fé e Ciência"?

Já escrevei vários posts sobre o tema: "Fé e Ciência". Esta semana decidi escrever sobre a motivação desta série. Percebo que há perguntas latentes na mente de muitas pessoas: fé e ciência são conciliáveis? É necessário parar de pensar (pelo menos em alguns assuntos) para poder crer? Qual a veracidade e a utilidade de ambas? Meu intento é ajudar-nos a refletir sobre elas, buscando respostas.





No meu ponto de vista, crer também é pensar. Em suma, a série de posts "Fé e Ciência" consiste de reflexões pessoais e/ou textos extraídos da mídia com o objetivo de despertar ou exercitar nos leitores as duas coisas: reflexão racional e fé. Um breve depoimento sobre minha história talvez auxilie o leitor a compreender como eu as encaro.

Confesso a vocês que sou um amante de Ciência. Ciência humana, natural, exata...tanto faz, todas são legais. Sou curioso, gosto de ler assuntos variados e preciso aprender sempre. Desde minha infância desenvolvi o hábito da leitura graças a minha mãe. Também gosto de pensar. Penso no que leio, comparo com a bagagem pré-existente de conhecimento, avalio, busco exemplos e argumentos que validem ou invalidem o que li. Investi anos de minha vida em uma faculdade de Engenharia, depois numa pós-graduação Latu Sensu e, por fim, num mestrado, tendo concluído todas estas etapas com bom desempenho acadêmico. Se não acreditasse na utilidade da Ciência não teria me empenhado nos estudos. Posso não ser uma "sumidade" intelectual, mas me considero suficientemente "iniciado" no tema.

Confesso também que sou amante da fé que abracei na juventude. Creio na Bíblia e no Deus Três-em-Um acima de quaisquer instituições religiosas. Por todas as experiências positivas que tive com o Divino e com a Bíblia ao longo de minha vida, não consigo conceber um Universo sem eles.

Penso que a tensão existente nas discussões sobre Ciência e Fé é causada por certas distorções de ambos os lados:

De um lado, existe o reducionismo erroneamente praticado por muitos cientistas céticos. A excessiva simplificação das coisas faz parecer que Deus e o mundo espiritual não estão por trás delas. Por favor, não confunda discordar com animosidade: ter pontos de vista conflitantes não implica que eu deixe de gostar de pessoas céticas! Aliás, abrindo um parêntesis no post, tenho amigos céticos que eu gosto pra valer! Principalmente meus colegas do segundo grau no Colégio Catarinense cujo convívio de amizade na adolescência foi fenomenal! Mas, como eu estava dizendo, enxergo muitas evidências do Divino na Ciência. Não significa que não haja pontos de atrito atualmente entre as duas. Mas eles existem porque o Universo não é tão simples assim que possa ser totalmente reduzido e explicado com o que dispomos atualmente de conhecimento científico e teológico. Não significa também que tenhamos que jogar o conhecimento atual fora, ou que devamos parar de estudar. Acho que devemos pesquisar mais! Só não podemos perder a humildade do pesquisador que, para descobrir coisas novas, se esforça em romper os paradigmas existentes. E o conhecimento gerado não deve servir para brigar, manipular ou competir, mas para ajudar a humanidade.

Por outro lado, não gosto da postura de vários líderes religiosos. Arrogância, violência e comportamentos imorais de religiosos já fizeram com que muitos se decepcionassem com a fé. Olhando para a história do advento do ceticismo moderno na Europa, concluo que a desilusão com as práticas perversas de religiosos foi o maior propulsor das idéias anti-religião e que culminaram no neoateísmo recente. Quando leio textos de céticos, esta decepção freqüentemente transparece nos exemplos tristes de má conduta dos religiosos citados. Em certos casos, o ceticismo acabou sendo a autodefesa e auto-justificativa para aqueles que um dia tiveram fé, mas se decepcionaram com ela. Recomendo a leitura do meu post Seria a fé em Deus algo nocivo à humanidade? onde abordo a questão dos bons e maus religiosos.

Felizmente, existe gente disposta ao diálogo construtivo de ambos os lados. Não estou solitário neste parecer. Para estas pessoas de mente e coração abertos, indico alguns sites interessantes na aba "+Links" do meu blog: veja o blog de Karl Kienitz e, especialmente, o site "Reasonable Faith". E, sempre que quiser, leia meus posts da série "Ciência e Fé".

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu achei o artigo muito interessante. Inclusive o livro O Alfa e o Ômega tem abalado o Brasil inteiro com o tema polêmico: Os limites do entendimento humano. A fronteira entre a ciência e a fé. Eu recomendo ver a fantástica entrevista com os autores pastora Esmeralda Campelo e o pastor Antônio Peters

Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=qdWPO_esSD8&feature=related

Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=mK8o-3WbV9Q&feature=related

Ou visite o site: www.alfa-e-omega.com

Abraço

André Klauberg disse...

Dei uma olhada no site e achei interessante. www.alfa-e-omega. Quero dar uma olhada no livro.

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